segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

ALGUNS DOS MEUS TRABALHOS 2009

BABETES


FRALDAS

-QUADROS (PAISAGENS, NOMES E DATAS DE NASCIMENTO, ESTAÇÕES DO ANO, EMBLEMAS, ETC…)

 
PANOS DE TABULEIRO

JOGOS DE COZINHA, JOGOS DE BANHO

ALMOFADAS

DICAS PARA BORDAR PONTO DE CRUZ

Muitas das pessoas que começam a praticar ponto cruz optam por comprar kits. A grande maioria dos kits, principalmente os mais simples, já trazem tudo o que é preciso para fazer um pequeno trabalho: linhas, agulhas e um pano impresso com o desenho a bordar. Contudo, há também kits cujo pano não vem impresso. Mas conforme a aptidão para bordar vai melhorando, vai-se começando a sentir a necessidade de encontrar outro tipo de coisas e fazer outro tipo de trabalhos que nos proporcionem mais prazer. Normalmente as impressões nos panos de Ponto Cruz não são muito perfeitas e os motivos nem sempre (ou quase nunca) são o que procuramos. Pessoalmente não aprecio os kits, salvo em muito raras excepções quando se encontra um fenomenal. Acho que nada se compara ao prazer de sermos nós a fazer tudo. Então chega a altura de comprar as ferramentas para bordar em ponto de cruz.

Escolher os acessórios não precisa de ser uma tarefa complicada. Aliás, é até bastante simples se já soubermos o que queremos.
A escolha do pano é muito importante. Existem centenas de panos diferentes com cores diferentes. O mais utilizado é o quadrillé, mas há outros. A diferença é que enquanto no Quadrillé os fios formam blocos quadrados, nos outros tecidos a trama é feita por fios individuais entrelaçados um a um ou dois a dois tanto na horizontal como na vertical, formando o quadrado. O linho é sem dúvida o pano que produz os trabalhos mais elegantes, mas também o mais difícil de bordar.

Escolher linhas de qualidade: Há basicamente duas grandes marcas: a DMC e a Anchor. Existem depois outras marcas que vão aparecendo no mercado mas é preciso ter cuidado. Quando começamos um trabalho e depois de termos escolhido a marca das linhas a utilizar, deveremos manter essa marca ate ao final, sob pena das cores não serem iguais e isso, estragaria o trabalho.


Um conjunto de agulhas é essencial. Obviamente, não se pode bordar sem uma agulha. Existem tantos tipos de agulha. Quando começar a bordar, escolha uma agulha de tamanho médio e bico arredondado no caso do Ponto de Cruz. Depois, dependendo do tamanho do quadrille que pode ser pequeno, médio ou grande, assim deveremos escolher a agulha. Muitas vezes quando não se usa a agulha certa, isso nota-se no trabalho. Por exemplo, se usamos uma agulha muito larga num quadrillé pequeno, vamos alargar os buracos para dar passagem à agulha ficando então pequenos buraquinhos junto aos pontos.
Dois pares de tesouras são essenciais. Uma para cortar o tecido, maior e mais afiada, e uma para cortar o fio. Esta segunda pode ser uma pequena tesoura. Manter estas tesouras afastadas da família pois devem estar em excelentes condições.
Para quem começa, ter um bastidor pequeno é essencial. Inclusive, mesmo quem borda há muito tempo (eu por exemplo) não dispensa um bastidor. São relativamente baratos e podem-nos poupar a muitos dissabores. Existem muitos e de formatos diferentes. Eu aconselho para começar um pequeno redondo e depois mudar para outros. Há em plástico ou em madeira. Os de madeira são mais amigos do tecido, não estragando-o com tanta facilidade mas têm a tendência a estragar-se mais depressa que os de plástico. Eu prefiro os de madeira.

Agora mostro um exemplo de como se executa o ponto de cruz, para poderem aprender como se faz.

Então vejamos.

Enquadramento histórico do Ponto Cruz

O ponto cruz é uma forma de bordado muito antiga. Os Mouros terão trazido para a Península Ibérica o "blackwork", uma técnica de bordado que fazia o preenchimento do tecido com linha preta, usando desenhos geométricos. Catarina de Aragão, mulher de Henrique VIII,  levou esta técnica para a Inglaterra, onde se desenvolveu. Os "samplers", mostruários de pontos de bordado, promoveram esta arte durante os séculos XVII e XVIII. Já no século XIX o meio ponto tornou-se na moda entre as bordadeiras:  a execução era mais rápida.  Mas a industrialização e as duas guerras mundiais puseram as mulheres a trabalhar fora de casa. O bordado tornou-se um passatempo cada vez menos apreciado.  Nos anos 60 e 70 o "flower power" e os movimentos hippies recuperaram o bordado e o croché. Hoje a internet está cheia de blogues, fóruns, sites, sobre ponto cruz. O bordado não morreu. Renovou-se.